Histórico

Por ser um país privilegiado por seu imenso potencial hidrelétrico, essa matriz de energia foi, ao longo dos anos, sendo moldada à base de grandes usinas hidrelétricas. A construção dessas usinas representava, à época, muito mais do que a possibilidade de converter um potencial hidráulico em energia elétrica: significava também a opção estratégica pelo uso de uma forte vantagem competitiva do país, em benefício de seu desenvolvimento, em especial daquelas regiões consideradas prioritárias pelo governo federal. Nesse contexto, inúmeras usinas hidrelétricas foram construídas, inclusive pequenas centrais hidrelétricas para suprir necessidades das recém-criadas indústrias, principalmente ligadas à agropecuária, em territórios onde as subsidiárias da Eletrobrás não possuíam estrutura de subestação e redes de energia elétrica. A História da construção da Usina Velha faz parte deste cenário. Foi construída pelo conde Francesco Matarazzo que, ao passar de trem por Jaguariaíva, percebeu uma série de vantagens em investir na cidade para construir um frigorífico: ponto estratégico por possuir estrada de ferro, constituir-se em centro criador de suínos e ser cortada pelo Rio Capivari. A sede das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo começou a ser edificada na cidade em 1918 e foi concluída dois anos mais tarde. No local funcionou o frigorífico da família até o ano de 1964. Foi no ano de 1925 que a CGH Usina Velha de Jaguariaíva foi inaugurada, destinada ao abastecimento de energia da empresa.


Todo o complexo industrial foi adquirido pela prefeitura do município no início da década de 90 e a CGH Usina Velha foi desativada. Desta forma, objetivando a recapacitação da CGH, a estrutura física original será aproveitada e será modernizada, o que implicará em drástica redução de impactos ao meio ambiente, comparados à construção de novas estruturas e áreas alagadas.